segunda-feira, 8 de novembro de 2010

1946- The Jolson Story (Sonhos Dourados)







The Jolson Story - (1946)

(SONHOS DOURADOS)

Gênero: Biográfico, Drama, Música
Direção: Alfred Green
Roteiro: Stephen Longstreet
Produção: Sidney Skolsky
Música Original: Morris Stoloff
Música Não Original: Al Jolson
Direção/Supervisão Musical: Morris Stoloff
Coreografia: Jack Cole, Jack Cole
Fotografia: Joseph Walker
Edição: William Lyon
Direção de Arte: Walter Holscher, Stephen Goosson
Figurino: Jean Louis
Maquiagem: Clay Campbell
Efeitos Sonoros: John Livadary, Hugh McDowell, Richard Olson
Pais: Estados Unidos

Elenco:
Larry Parks Al Jolson
Evelyn Keyes Julie Benson
William Demarest Steve Martin
Bill Goodwin Tom Baron
Ann Todd Ann Murray
Ludwig Donath Cantor Yoelson
John Alexander Lew Dockstader
Eugene Borden Garçom-chefe
Jo-Carroll Dennison Ann Murray
Edwin Maxwell Oscar Hammerstein
Doris Lloyd Alice, empregada
Scotty Beckett Asa Yoelson / Al Jolson, quando criança
William Forrest Dick Glenn
Eddie Kane Florenz Ziegfeld
Emmett Vogan Jonsey
Ernest Cossart Padre McGee
Tamara Shayne Sra. Yoelson
Robert Kellard Henry, maestro da Orquestra
Al Jolson Ele próprio, em 'Swanee'


Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Trilha Sonora
Oscar de Melhor Gravação de Som

Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Fotografia
Oscar de Melhor Ator (Larry Parks)
Oscar de Melhor Ator Coadjuvante (William Demarest)
Oscar de Melhor Edição

Sinopse

O filme mostra a vida de Al Jolson, famoso por sua carreira de mais de 30 anos, e por este ator estar no primeiro filme falado, "O cantor de Jazz".

Em Washington, na virada do século, o garoto de 12 anos Asa Yoelson, filho de Cantor Yoelson, sonha com uma vida no showbiz. Ao assistir a um showcom sua amiga, Ann Murray, Asa canta uma música em voz alta, chamando a atenção do comediante Steve Martin. Pouco tempo depois, Steve visita os Yoelsons e oferece a Asa uma parte em seu show, mas o pai do garoto não aprova a idéia, por não querer ver seu filho cantando fora da sinagoga.

Determinado a cantar com Steve, Asa foge de casa e toma um trem para Baltimore, onde a trupe de Steve está se apresentando. Mal coloca os pés na cidade, é apanhado como um garoto abandonado e colocado no St. Mary's Home for Boys. Lá, Asa entra para o coro da igreja até que o padre McGee localiza os pais dele. Com a ajuda de Steve, ele consegue persuadir seus pais a permitir que ele participe de uma turnê com o grupo.

Os anos passam com Asa participando dos shows de Steve, até que ele decide trocar seu nome pelo de "Al Jolson". Seus pais decidem respeitar o desejo do filho de continuar no showbiz e de longe acompanham sua carreira. Sentem, apenas, que o filho não os visite com maior freqüência.
Ao chegar à idade adulta, ele percebe que sua voz está melhor do que nunca. Assim, quando Tom Baron, um dos artistas, fica impossibilitado de apresentar seu número, por se achar embriagado, Al toma seu lugar. Ao verificar o que está ocorrendo, o gerente de palco ordena que as cortinas sejam fechadas, mas Al passa por entre elas e continua sua inesperada apresentação, sendo fortemente aplaudido. O produtor do espetáculo, Lew Dockstader, assiste a tudo e decide oferecer-lhe um lugar em seu show.

Em New Orleans, Al ouve jazz pela primeira vez e tenta convencer Dockstader a incluir novos arranjos no show. O produtor mostra-se desinteressado em jazz e os dois concordam com a saída de Al. Ao visitar sua família em Washington, recebe um telefonema de Tom, agora um diretor, oferecendo-lhe uma participação no show do Winter Garden em Nova York. Aceitando o convite, em pouco tempo torna-se sua principal atração, contrata Steve como seu empresário e consegue manter o show em cartaz por dois anos.

Empolgado com o sucesso obtido, Al passa a trabalhar cada vez mais, não ouvindo os apelos de seus pais e de Steve para tirar umas férias. Em 1927, no pico de sua carreira, anuncia que está deixando os palcos para aparecer no primeiro filme sonoro. Durante sua apresentação de despedida, ele conhece e se apaixona pela dançarina, Julie Benson. Na mesma noite, ele lhe propõe casamento, mas ela não aceita, preferindo continuar a manter contato através de telefonemas de longa distância.

Quando Julie estréia na Broadway com a peça "Liza", Al encontra-se na platéia, de onde canta para ela. Após terminar as filmagens de "O Cantor de Jazz", dirigido por Alan Crosland, ele volta à Nova York, onde pouco tempo depois casa-se com Julie, prometendo-lhe diminuir seu ritmo de trabalho e construir uma bela casa de campo. Entretanto, novos filmes com os dois protelam seus planos.Depois de algum tempo e apesar do sucesso obtido, Julie ameaça abandonar Al se ele não desistir do showbiz. Ele, finalmente, atende a seu pedido e larga tudo para terem uma vida tranqüila numa casa de campo próxima de Los Angeles. Não querendo perder Julie, ele se recusa a cantar por dois anos.

Embora alegre-se com a vida de Al fora dos palcos, Julie sente que ele não é feliz.Quando o Sr. e a Sra. Yoelson os visitam durante um de seus aniversários, Al reluta em cantar para eles, mas concorda em ir a uma boate para celebrarem a data. Uma vez lá, todos pedem que ele suba ao palco para dar uma canja. Embora relute em princípio, termina atendendo aos pedidos. Ao ver sua felicidade ao cantar, Julie comenta com Steve que estava errada ao pedir que Al desistisse de sua carreira. Em seguida, ela se retira da boate, deixando seu marido para as platéias que tanto ama.


"Sonhos Dourados" é uma magnífica homenagem a um dos mais queridos expoentes do showbiz americano. Realizado pelo cineasta Alfred Green, o filme acompanha a vida de Al Jolson, o homem que adorava cantar, por mais de 30 anos.

Embora apresente pequenas falhas em seu roteiro, nada comprometedor, o filme é marcado por uma belíssima fotografia em tecnicólor, indicada ao Oscar, por inesquecíveis canções e pela fabulosa atuação de Larry Parks, no papel principal, que lhe rendeu sua indicação ao Oscar de Melhor Ator, estatueta esta perdida para Fredric March, por seu trabalho em "Os Melhores Anos de Nossas Vidas", de 1946.

Ao longo de sua projeção, o espetáculo é uma constante festa para os ouvidos e os olhos. Sua trilha sonora, ganhadora do Oscar, é repleta de canções que marcaram a bem-sucedida carreira de Al Jolson no showbiz americano, dentre as quais acham-se: "Swanee", "Let Me Sing and I'm Happy", "On the Banks of the Wabash", "The Sabbath Prayer", "Ave Maria, de Schubert", "When You Were Sweet Sixteen", "After the Ball", "By the Light of the Silvery Moon", "Goodbye, My Blue Belle", "Ma Blushin' Rosie", "I Want a Girl, Just Like the Girl That Married Dear Old Dad", "Mammy", "I'm Sitting on Top of the World", "You Made Me Love You", "Toot-Toot Tootsie, Goodbye", "The Spaniard Who Blightened My Life", "April Showers", "California, Here I Come", "Liza", "There's a Rainbow Round My Shoulder", "Latin from Manhattan", "Avalon", "About a Quarter to Nine", "The Anniversary Song", "Waiting For the Robert E. Lee", "Rockabye Your Baby With a Dixie Melody" e "April Showers".

Enfim, "Sonhos Dourados" merece um lugar de destaque na história dos musicais biográficos. É um daqueles filmes que a gente quer que continue após sua última cena.




















                                                                               



Levic

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