"Der Blaue Engel"- 1930
(O Anjo Azul)
Direção: Josef von Sternberg
Roteiro: Carl Zuckmayer, Karl Vollmöller, Robert Liebmann
Produção: Erich Pommer
Música Original: Frederick Hollander
Direção/Supervisão Musical: Franz Waxman
Fotografia: Günther Rittau
Edição: Walter Klee, Sam Winston
Direção de Arte: Otto Hunte
Maquiagem: Waldemar Jabs
Gênero: Drama/Musical
Tempo de Duração: 100 minutos
Ano de Lançamento: 1930
Efeitos Sonoros: Fritz Thiery
Pais: Alemanha
Elenco:
Marlene Dietrich.... Lola Lola
Emil Jannings.... Prof. Immanuel Rath
Kurt Gerron..... Kiepert, o mágico
Rosa Valetti..... Guste, a mulher do mágico
Hans Albers..... Mazeppa
Reinhold Bernt..... O Palhaço
Eduard von Winterstein.... Diretor da Escola
Hans Roth..... Funcionário da Escola
Rolf Müller.... Angst, aluno
Roland Varno..... Lohmann, aluno
Carl Balhaus..... Ertzum, aluno
Robert Klein-Lörk..... Goldstaub, aluno
Charles Puffy...... Proprietário da Taberna
Wilhelm Diegelmann..... Capitão
Gerhard Bienert...... Policial
Ilse Fürstenberg...... Empregada de Rath
Estrelado por Marlene Dietrich, Emil Jannings, Kurt Gerron, Rosa Valetti.
Embora o filme não seja americano (minha proposta era inicialmente só falar dos filmes musicais americanos) não pude deixar este especialmente de fora, pela importância que ele representa na história do cinema, além de introduzir Marlene Dietrich no cinema, que se tornará realmente uma atriz americana com vários filmes neste país.
Adaptado do romance "Professor Unrat" de Heinrich Mann, esse clássico do cinema alemão narra a história de Immanuel Rath, interpretado por Emil Jannings, um dos principais atores do cinema expressionista alemão, cujo papel é de um educado, severo e um tanto quanto ingênuo professor de inglês e literatura que vai atrás de seus alunos na casa de espetáculos Anjo Azul para repreendê-los. E lá conhece a cantora de cabaré Lola Lola (Dietrich) e, como todos, acaba seduzido pelos encantos da moça, que pouco a pouco arruína a sua vida.
A estreia de "O Anjo Azul" (Der Blaue Engel) foi enormemente concorrida, só havendo ingressos no mercado negro. Até o último momento, corriam boatos de que a exibição do filme não seria autorizada. O tema do filme como tragédia e degradação, era altamente suspeito para a época, com o nazismo em plena ascensão.
Contudo, este filme, talvez o mais emblemático de Josef Von Sternberg, ajudou a projetar a carreira de Dietrich que, após a distribuição internacional do filme, recebeu convites para trabalhar em Hollywood. O filme foi rodado em duas versões, uma germânica e outra inglesa.
A cena onde Dietrich, mostrando as pernas, cantando "Falling in Love Again" ficou imortalizada nos anais da História do cinema. A magnífica direção de fotografia a preto e branco, que tão bem ilustra a decadência da moral de Rath, esteve a cabo da dupla Günther Rittau e Hans Schneeberger.
Em 1959, foi feito um desastroso 'remake' deste filme, protagonizado por Curt Jurgens e May Britt e dirigido por Edward Dmytryk.
O jovem diretor Joseph von Sternberg foi trazido especialmente de Hollywood para realizar o filme na Alemanha. Para o papel principal, logo foi escolhido Emil Jannings, ator alemão que havia protagonizado clássicos do Expressionismo e fora premiado com um Oscar no ano anterior. Ele era um dos raros artistas que, em 1929, podia dar-se ao luxo de escolher seus papéis. Na época, seu projeto era filmar a história de Rasputin, mas acabou convencido pelo diretor von Sternberg a estrelar a adaptação do livro "Professor Unrat", de Heinrich Mann, irmão do escritor Thomas Mann.
Para o papel de Lola-Lola, várias candidatas apareceram antes da escolha de Marlene. Entretanto, von Sternberg assistindo a uma peça de teatro de Hans Albers, em Berlim, descobriu num papel secundário a atriz Maria Magdalena von Losch, que tinha pouca experiência no cinema. Mas ela era a tentação em pessoa, com um corpo sedutor e um sorriso irônico nos lábios. Foi imediatamente convidada para um teste de estúdio. Inicialmente, recusou por achar-se incapaz de fazer o papel de uma cínica atriz de teatro de revista, mas foi demovida pela insistência do diretor e mudou o seu nome para Marlene Dietrich. Já durante o teste, ela demonstrou ser a escolha certa para o papel da intrigante e determinada Lola-Lola.
A música do filme, uma valsa lenta e sensual, foi composta por Friedrich Holländer e interpretada por Marlene: "Sou feita para o amor da cabeça aos pés" ("Falling in Love Again"). Ninguém podia imaginar o sucesso que iria fazer o filme "O Anjo Azul".
Dietrich foi, na opinião dos críticos, a encarnação definitiva da vamp, a sedutora e devoradora de homens. O escritor Ernest Hemingway, apaixonado por Marlene, escreveu que ela podia derreter um homem com um levantar de sobrancelhas e destruir uma rival com o olhar.
A própria Marlene tentou polir esse mito numa autobiografia e no livro de pensamentos "O ABC de Marlene Dietrich", em que, entre outras coisas curiosas, define vício como "o que as outras pessoas têm". A filha, Maria Riva, desmitificou a atriz. Num livro publicado em 1993, um ano após a morte de Marlene, em Paris, traçou um retrato devastador da mãe como uma mulher fria e violenta, que transformou a vida da filha num inferno. Apesar disso, o mito continuou.
A história é essencialmente sobre o amor, e o que ele pode fazer a uma pessoa. É também um olhar sombrio na auto-destruição e degradação sobre o que as pessoas podem fazer umas às outras. Este é um filme europeu, no melhor sentido da palavra. Ele dá ao espectador a sensação de ser pego e solto em algum lugar no tempo e lugar, para testemunhar uma sequência dramática de acontecimentos na vida de um pequeno grupo de pessoas. Começa alegre o suficiente, mas logo se sente que as coisas estão indo terrivelmente mal. E com certeza, dá ao espectador a angústia da realidade de constatar que a carência pelo carinho e pelo amor do ser humano pode levá-lo a uma vida de degradação. E sinceramente, assistir a isso dói.
Assim, o filme é uma mistura estranha de sentimentos. Por um lado, desvenda o medo de nunca ser preso em um enlace romântico e ao mesmo tempo por perder toda a dignidade humana. Por outro lado, desperta um profundo desejo de experimentar as emoções amargas, que é o maior elogio para uma tragédia quando pode levar ao ponto de mover até às lágrimas, mas ao mesmo tempo fazer querer experimentar os tristes acontecimentos que causaram essas lágrimas.
Apesar de Marlene Dietrich ter-se tornado um símbolo sexual internacional neste filme, e tendo um contrato em Hollywood como resultado dele, o filme é realmente de Jannings, sua queda, sua humilhação, a sua degradação. Seus caminhos na carreira tomaram destinos diferentes, pois enquanto ela estava indo para a América com a força desse filme, Jannings estava retornando para a Alemanha onde se tornou uma grande estrela e líder do cinema alemão.
No elenco de apoio também se evidencia o ator Kurt Gerron que é um mágico e diretor da trupe de artistas onde Marlene e Jannings fazem parte. Sua vida real teve a pior tragédia de tudo, como um judeu que conheceu a morte em Auschwitz, mas não depois de passar por muita humilhação antes. Ao contrário do que tinha Jannings no filme, mas esta era a vida real.
O filme que foi lançado em 1930 tinha impulsionado Marlene Dietrich (e seu canto e pernas) para o estrelato internacional. Mas, como já foi dito, o filme pertence a Emil Jannings no papel do respeitado, envelhecido e corpulento professor de jovens que se tornou obcecado por Lola.. Seu primeiro passo em direção do cabaré "O Anjo Azul" foi o seu primeiro passo para a humilhação, a loucura, a ruína, e finalmente a morte.
A cena marcante de alta sensibilidade é quando Lola está sentada quase triunfante sobre um tamborete cantarolando "se apaixonar de novo"("Falling in Love Again"), enquanto seu marido, o professor desliza humilhado para fora na rua escura se preparando para trilhar um longo caminho de sofrimento e tortura.
Não é a primeira vez na história ou na arte, que um homem se apaixona por uma mulher e perde sua mente, seu status e sua vida por causa dela, mas é certamente uma das histórias de partir o coração, que começa como uma comédia musical e chega ao final triste, mas inevitável.
O diretor Joseph Von Sternberg tenta mostrar a experiência interior do herói principal nas característica através da criação de cenas. Desta forma, cada detalhe vale a pena, pois representam algo concreto: um sentimento ou uma experiência, talvez. A quietude da câmara, que constitui uma das características tipicamente teatral do filme ainda influenciada pela era do cinema mudo (não esquecer que foi feito em 1930), leva os espectadores a prestar atenção a estes detalhes das imagens.
Considere, por exemplo, o professor ajoelhando-se diante de Lola Lola e vendo de perto as meias nas pernas como, ironicamente, um bom marido. O que isso representa, se não pura luxúria ao tornar o homem um agente para a extensão de ser um "escravo". Outro momento perfeito é o close-up dos dias de calendário a serem queimados cheios de amargura e de desilusão.
Embora o professor seja retratado como um disciplinador severo que é temido e odiado pelos seus alunos, vemos que ele realmente tem um lado muito suave, doce debaixo de seu exterior rude. Uma particular cena bem-feita e sutil, no início do filme deve ser lembrada que é quando o professor, envolvido no café da manhã, assobiando para o seu pássaro de estimação e antecipando a resposta do mesmo, pega um torrão de açúcar na mão para seu pássaro amado. Quando a ave não responde, ele caminha para a gaiola e o pega duro, obviamente morto. O professor fica parado, atônito, enquanto sua empregada pega o cadáver do pássaro de sua mão e joga-o no fogo com a maior frieza e naturalidade da praticidade da vida. O professor caminha de volta para sua mesa e, infeliz, deixa cair o torrão de açúcar em seu café. Uma cena simples, mas terrivelmente reveladora da alma doce, sensível, que se situa dentro deste homem. Aliás, esse pássaro morto na gaiola nada mais é que um símbolo, e símbolos não faltam dentro do filme, onde a atenção deve ser dada a eles.
Jannings é simplesmente brilhante em sua parte. Entre muitos outros momentos, a cena em que o professor acorda no quarto de Lola com uma boneca na mão e ouve o chilrear dos pássaros, mostra aqui, ilusoriamente, que parece que ele encontrou o que estava perdido em sua vida, parece que ele foi "abençoado" por um anjo que iria cumprir todos os seus desejos. No entanto, o que ocorre mais tarde é que esta bênção vira uma maldição real. ...
Emil Jannings era tão grande ator que ele poderia atuar de forma convincente tanto no estilo dramático como no cômico, muitas vezes também em um e outro no mesmo filme. Este filme também é um daqueles que ele interpreta um personagem muito sério, mas também ganha algumas situações estranhas e cômicas. Jannings lida com esses momentos cômicos muito bem, através da atuação minimalista. Não admira que os nazistas fizeram dele o ator da pátria do nacionalismo.
Jannings foi o primeiro ator a ganhar um Oscar (venceu o prêmio da Academia de 1928 por dois filmes: "The Way of All Flesh" (Tentação da Carne) e "The Last Command" (O Último Comando), mas o seu desempenho como o professor que se deixa levar à ruína por uma 'femme fatale' continua sendo um dos seus melhores resultados e faz este filme ser um memorável de todos os tempos.
O filme de 1930 onde o conceito de erotismo ainda não havia sido totalmente desenvolvido por diretores, "Der Blaue Angel" continua sendo altamente erótico em sua própria maneira, uma vez que depende fortemente de diálogos esparsos, tanto quanto em sua bela fotografia. A melhor lição que pode ser aprendida a partir deste filme é que ele é um bom indicador de como o 'show business' olhou para os filmes na era do preto e branco.
"Der Blaue Engel" é sobretudo um filme extremamente humano. É a história de um modo de vida, a vida de maneira trágica para toda a dependência e escárnio. O que encanta e provoca todos os tipos de pensamentos é a situação da personagem principal, o professor Immanuel Rath que vive maciçamente, dia após dia, as experiências de solidão e descobre surpreso a felicidade da atração, da excitação da luxúria, da doçura do afeto, do choque da desilusão, da amargura dos mal-entendidos, do desamparo da zombaria, da dor da humilhação e do trauma do desespero.
Pensando bem, o filme tem algumas das características da tragédia grega antiga, mas com reviravoltas interessantes. Nosso herói acha que tem uma moral acima de qualquer suspeita, mas ele está errado por negligenciar o conhecimento das fraquezas de todo ser humano. Um homem que vive para a intelectualidade, sem gozar dos prazeres da vida, torna-se extremamente ingênuo quando o amor lhe faz carícias. O amor pode elevar-se ao domínio da felicidade e pode jogá-lo às profundezas do inferno. Foi isso o que e professor viveu sem ter nenhum preparo emocional para tais vivências. Mas, quem as tem?
O Anjo Azul não é apenas um filme alemão essencial para ser visto com atenção, mas também um grande clássico do cinema mundial, que deve ser apresentado a todos. Um conto comovente de um homem comum que cavou sua própria cova por se apaixonar por uma mulher que representa a beleza e por casar com ela numa ilusão de amor correspondido.
Uma razão que o Blue Angel permanece como um clássico pode ser a postura icônica de Marlene Dietrich: usando um chapéu de seda, sentada em um barril, cruzando as pernas, e lançando um olhar para cima. O outro pode ser que o filme tenha criado um protótipo de um homem de meia-idade, obcecado por uma jovem fêmea que arruina sua vida (herdou a Lolita), e da fantasia masculina de estar envolvido com uma dançarina, prostituta / (herdou Pretty Woman and Mighty Afrodite, entre muitos outros).
O final do filme encontra o professor sem querer voltar para o Blue Angel, o clube em sua cidade natal, onde ele conheceu Lola. Ele se recusa a subir ao palco como um palhaço na frente de seus ex-colegas e alunos, mas o gerente e sua esposa conseguem coagi-lo a entrar. Essa cena me levou às lágrimas de ver como o professor ficou no palco vestido de palhaço, enquanto o mago zombava dele e fazendo-o ser o alvo das piadas, chamando-o de cabeça vazia, quebrando ovos na sua testa, e obrigando-o a cacarejar como uma galinha, ao mesmo tempo que sua emoção estava do lado de fora preocupado com que a sua mulher estava fazendo com um estranho jovem e bonito, que apareceu no show. A descoberta de que ele não era ninguém para ela, ela que era tudo para ele, o leva à loucura e à morte. Tão triste e tão trágico.
Indico o blog "Assim era Hollywood", que faz um post magnífico sobre este filme:
http://assimerahollywood.wordpress.com/2013/02/03/ciclo-o-expressionismo-alemao-o-anjo-azul-1930/
As Canções do Filme:
"Ich bin von Kopf bis Fuss auf Liebe eingestellt"
(Não creditado)
Escrito por Friedrich Hollaender
Interpretada por Marlene Dietrich
"Ein Mädchen oder Weibchen wünscht sich Papageno!"
(Não creditado)
(Da opereta "Die Zauberflöte")
Música de Wolfgang Amadeus Mozart
"Ich bin die fesche Lola"
(Não creditado)
Escrito por Friedrich Hollaender
Interpretada por Marlene Dietrich
"Nimm Dich in Acht vor blonden Frau'n"
(Não creditado)
Escrito por Friedrich Hollaender
Interpretada por Marlene Dietrich
"Kinder, heut' abend, da such' ich mir was aus"
(Não creditado)
Escrito por Friedrich Hollaender
Interpretada por Marlene Dietrich
Muitas canções inesquecíveis por Friedrich Hollander são apresentados, sendo a mais notável, é claro "Ich bin von Kopf bis Fuss auf Liebe eingestellt" ("Falling in Love Again") e "Ich bin die Fêche Lola" ("They Call Me Naughty Lola").
Sinopse:
Immanuel Rath (Emil Jannings) é um severo mas respeitado professor, que vê alguns dos alunos passando cartões postais que mostram uma sensual cantora de cabaré (Marlene Dietrich), que se apresenta no "O Anjo Azul", um cabaré local.
Naquela noite, pensando em pegar alguns dos seus estudantes, Rath vai para o cabaré, mas é envolvido pela selvagem atmosfera quando a sedutora Lola Lola entra em cena como uma vamp, usando meias compridas, cinta liga, salto alto, um colete e uma cartola, que cobria parcialmente seus cabelos louros. Após a apresentação, Rath descobre onde é o camarim de Lola e imediatamente se encanta com ela.
Mais tarde, já no dia seguinte, ele volta ao cabaré e ela canta para ele, que bebe champanhe e acorda embaraçado na cama de Lola, já atrasado para rotina do seu dia de professor disciplinado. Rapidamente veste suas roupas antiquadas e vai para a escola. Sabendo como Rath tinha passado a noite, seus alunos fazem caricaturas obscenas e desenhos maliciosos no quadro-negro.
Immanuel se choca com o que vê, pois os estudantes zombam dele, e quando o diretor do colégio fica sabendo da indiscrição de Immanuel o despede, porque inclusive ele assume que Lola será sua esposa.
Rath regressa para o clube e busca a compaixão de Lola, que fica fascinada pelo seu jeito elegante de cortejá-la e também pelo seu dinheiro. Lola o conforta e rapidamente se divertindo da situação aceita a se casar com ele. As núpcias não garantiram a felicidade de Rath e logo ele se torna um criado de Lola, viajando com a companhia de artistas e vendendo fotos sensuais de sua mulher para clientes. No entanto, humilhações muitos piores esperam por ele.
Depois de casados, Lola humilha frequentemente o ex-professor, fazendo dele seu escravo e vestindo-o de palhaço para divertir os clientes do cabaré.
Após quatro anos viajando com a trupe de Lola, vivendo em alojamentos baratos, vendendo cartões postais de Lola e, posteriormente, mesmo atuando no palco como um palhaço, o professor é condenado a cantar como um galo durante a aparição do grupo de convidados iminentes em sua cidade natal.
A cidade inteira, incluindo ex-alunos do professor, aparece para o ver o seu desempenho, onde ele é ridicularizado e repreendido pelos fregueses do Anjo Azul , as pessoas que antes o respeitavam como o professor. Forçado a entrar no palco, apesar de resistir a humilhação até o amargo fim, o professor de repente vê Lola nos braços de Mazeppa, seu novo amante. Descontroladamente ele sai do palco e tenta estrangular Lola.
As pessoas riem do professor... eles riem de como um ser humano deixou de ser aceito pela sociedade: um homem culto conquistado por uma prostituta, um riso ao ser humano submetido ao escárnio, forçado a fazer truques e cantar como um galo, a fim de divertir o público.
No ápice da degradação e humilhação, em meio aos risos da platéia e uma certeza da traição de Lola Lola, o professor tem um surto nervoso, quando ele realiza o seu último ato, e vê sua esposa abraçar e beijar um de seus ex-amantes. Rath fica enfurecido ao ponto de ter um acesso de insanidade: ele tenta estrangular Lola, mas é abatido pelos outros membros da trupe e trancado em uma camisa de força.
Mais tarde naquela noite, Rath é liberado, e como se estivesse em transe, tropeça pela cidade até atingir o seu caminho em direção a sua antiga sala de aula. Rejeitado, humilhado e desamparado, sem nenhuma esperança, em sua sala de aula anterior, ele se senta em sua mesa e falece apertando a mesa onde ele já ensinou. Somente a morte o libertaria da dor.
Clique para assistir o vídeo.
http://www.youtube.com/watch?v=WYBKAEPAm7c
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Até a próxima com mais músicas da década de 30.
Levic
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