terça-feira, 6 de dezembro de 2011

1952- Singin' in the Rain (Cantando na Chuva)






Cantando na Chuva (Singin'in the Rain)
Lançamento: 1952 (EUA)
Direção: Stanley Donen, Gene Kelly
Roteiro: Betty Comden, Adolph Green
Produção: Arthur Freed
Música Não Original: Nacio Herb Brown, Al Goodhart
Direção Musical: Lennie Hayton, Johnny Green
Coreografia: Gene Kelly
Fotografia: Harold Rosson
Figurino: Walter Plunkett
ELENCO
Gene Kelly Don Lockwood
Cyd Charisse Dançarina
Debbie Reynolds Kathy Selden
Donald O'Connor Cosmo Brown
Elaine Stewart Dama de companhia
Millard Mitchell R. F. Simpson
Douglas Fowley Roscoe Dexter
Dawn Addams Dama de companhia
Robert Williams Policial
Jean Hagen Lina Lamont
Madge Blake Dora Bailey
Rita Moreno Zelda Zanders
King Donovan Rod
Kathleen Freeman Phoebe Dinsmore
Richard Emory Phil
Judy Landon Olga Mara
Bill Lewin Bert
Leon Lontoc Filipino Butler
Sylvia Lewis Dançarina de tango
Bess Flowers

Começaremos pelo mais famoso que é o filme Cantando na Chuva (Singin'in The Rain), o qual, vejam só, quase foi ignorado pela Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, que não deu um Oscar sequer ao filme. Com isso, perdeu a chance de premiar um dos mais formidáveis musicais de todos os tempos. O maior musical já produzido (co-dirigido por Kelly e Donen e produzido por Freed), que é uma sátira, uma paródia cômica do início da era do som de Hollywood. Despretensioso de início, nem mesmo seus diretores (Gene Kelly / Stanley Donen e o mega produtor de musicais da Metro Arthur Freed), poderiam saber que este filme se tornaria o clássico que é hoje.

O enredo não é exatamente um primor, apenas uma leve sátira aos primeiros tempos do cinema, mas os números musicais dançados por Gene Kelly na cena em que dança na chuva no meio da rua é um dos momentos mais belos do cinema e os de Cyd Charisse são de tirar o fôlego. O roteiro, escrito por Betty Comden e Adolph Green (dramaturgos, autores de musicais da Broadway e roteiristas de The Band Wagon) apresenta narrativa linear, apesar das inserções de remontagens de cenas de musicais já existentes. Portanto, é um filme fácil de ser compreendido pelo espectador e tem como proposta exatamente isso.

O filme retrata a época de 1927, na qual o mundo do cinema está passando por uma transição do cinema mudo para o falado. Hollywood está um verdadeiro rebuliço. O cinema que até então tinha em sua essência a representação muda, apenas com legendas e pianistas ao fundo, teve que se adequar urgentemente a essa nova tendência do mercado cinematográfico. Não foi nada fácil, muitos profissionais perderam seus trabalhos, houve suicídios e boicotes, um deles feito pelo mestre Charles Chaplin.



Então, sua história gira em torno desta passagem do cinema mudo para o sonoro, onde o ator Don Lockwood (Gene Kelly) se apaixona pela cantora Kathy Selden (Debbie Reynolds) escolhida para dublar a estrela Lina Lamont de voz esganiçada (Jean Hagen). Assim, Don Lockwood e Lina Lamont são dois dos astros mais famosos da época do cinema mudo em Hollywood. Seus filmes são um verdadeiro sucesso de público e as revistas inclusive apostam num relacionamento mais íntimo entre os dois, o que não existe na realidade.

Mas uma novidade no mundo do cinema chega para mudar totalmente a situação de ambos no mundo da fama: o cinema falado, que logo se torna a nova moda entre os espectadores. Decidido a produzir um filme falado com o casal mais famoso do momento, Don e Lina precisam entretanto superar as dificuldades do novo método de se fazer cinema, para conseguir manter a fama conquistada. As gravações são uma confusão, mas tudo piora quando Don se apaixona pela doce Kathy. Ao lado de seu inseparável amigo e excelente dançarino, o compositor Cosmo Brown (Donald O’ Connor), ele tenta mostrar ao mundo o talento de Kathy. A última cena completa a metalinguagem sempre presente, quando vemos um cartaz de um filme cujas estrelas são Don Lockwood e Kathy Selden, e cujo nome é Singing in the Rain.


Gene Kelly, cujo perfeccionismo levava suas parceiras de dança à exaustão, idealizou a coreografia da seqüência "Broadway Ballet". Conta-se que o véu de seda usado por Cyd Charisse, com mais de sete metros de comprimento, foi mantido esvoaçante por três motores de avião. O filme tem seqüências musicais inesquecíveis.


Os diálogos e as letras da música, concebidas por Arthur Freed, sustentam a narrativa. A localização no espaço e no tempo se torna óbvia logo no primeiro plano do filme, sendo reforçada ao longo do mesmo através de notícias de jornal e da constante referência ao The Jazz
Singer.

Vale ainda lembrar que todas as canções do filme, inclusive a canção-tema, não são originais, com exceção de Moses.

Prêmios: Golden Globe Award de Melhor Atar Cômico (Donald 0'Connor).
Indicações para o 0scar de Melhor Atriz Coadjuvante (Jean Hagen) e Trilha Sonora.

É inegável a importância de Cantando na Chuva na história da dança, pois de todos os filmes musicais já feitos até os dias de hoje é provavelmente o que apresenta melhores números coreográficos e melhor atuação de atores-bailarinos-cantores.

Ver de novo não esgota o interesse.



http://www.youtube.com/watch?v=D1ZYhVpdXbQ&feature=player_embedded




http://www.youtube.com/watch?v=p3YWWfnWBJM&feature=player_embedded

                                                                           




Levic

4 comentários:

  1. "Singin' in the rain" é o número um.Após está "The band wagon".

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  2. Um dos meus musicais preferidos. Sou fão do Gene Kelly, além de ator, era um excelente dançarino (e cantor também, convenhamos haha) Ele e o Fred Astaire são mitos do cinema! Parabéns pelo belíssimo trabalho!

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  3. Oi vale a pena,

    Em primeiro lugar obrigado pela visita e pelas palavras. Em segundo, blog bom é este, em terceiro que bela postagem, gosto muito deste filme.
    Serei visitante de todos os dias.

    Abraços

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  4. gostaria de saber como conseguiria achar um roteiro no cantando na chuva pois não acho em nei um lugar e preciso para fazer uma peça para a escola estou desesperado, alguém poderia me ajudar por favor estaria muito agradecido.

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