terça-feira, 3 de agosto de 2010

A febre dos musicais- 1940- 3ª parte


Diante do sucesso dos musicais, estava claro que todos deveriam estrelar nestes filmes, pelo menos em um. Coube ao produtor Arthur Freed, que também era um grande músico, reunir na Metro-Goldwyn-Mayer os maiores talentos da época, à frente e atrás das câmeras, para realizar uma sucessão inigualável de obras-primas.




E até os artistas que já tinham presença no cinema também queriam participar de um musical, nem que fosse um pelo menos. E é neste pensamento que Liz Taylor, aos 15 anos cantou razoavelmente bem em “Cynthia” (1947), mas em“Date with Judy” (1948), seria dublada.



http://www.youtube.com/watch?v=ZUXNME8A0FI&feature=player_embedded

Peter Lawford também estrelou alguns musicais, mas ele mesmo reconhecia que nunca foi bailarino e não tinha condições de competir com Astaire ou Kelly. Segundo ele, “só fazia o que me mandavam, assim como os demais atores”.



Robert Montgomery era outro que não parecia ficar a vontade, mesmo contracenando ao lado de Joan Crawford em “Forsaking All Others”.




http://www.youtube.com/watch?v=zDoUgeCHAKI&feature=player_embedded





Jean Harlow, a primeira blondie, foi dublada ao cantar em “ReckLess”, e em “Suzy”, onde dividiu a cena com Cary Grant, que surpreendentemente cantou muito bem.

James Stewart teve a oportunidade de interpretar uma música de Cole Porter em “Born to dance”, ao lado de Eleanor Powell. Ele costumava dizer que a música era tão boa, que “apesar” dele, ficaria boa de qualquer forma.



http://www.youtube.com/watch?v=bnLZU-iu33E&feature=player_embedded



http://www.youtube.com/watch?v=pEnhpKqbaVo&feature=player_embedded




E Clark Gable... não convenceu ao cantar e dançar em “Idiot’s delight”.

Os fãs preferiam ver o seu maior galã, como sempre, em cenas mais sedutoras, o que não acontecia quando ele dançava nas telas. No vídeo abaixo apenas lembranças com suas fotos.



http://www.youtube.com/watch?v=FLSrMr_Jj6M&feature=player_embedded



http://www.youtube.com/watch?v=ACGHxR7pH_c&feature=player_embedded

Não podemos esquecer que nesta época, os conflitos armados que assolaram a década anterior chegam ao apogeu, com o holocausto e a 2 ª Guerra Mundial, marcando a entrada dos EUA após o ataque realizado em Pearl Harbor pelo Japão. Os filmes musicais vão explorar a coragem dos soldados, tendo as Forças Armadas como protagonistas da história e muita comédia para dourar a pílula das conturbações da era, muito filme romanceado explorando o glamour das personagens.

A moda feminina dessa década, é considerada uma das mais lindas e sensuais do século XX, visto que o cinema hollywoodiano mostrava beldades como Rita Hayworth, Ingrid Bergman, Ava Gardner, dentre outras, o que ajudou a construir essa concepção coletiva. Foi também nos anos 40 que Marilyn Monroe surgiu pela primeira vez nas telas.

Muitos filmes musicais marcaram esta década de 40, mas alguns cineastas acreditavam que o musical de Hollywood estava entrando em sua última década, devido a introdução e divulgação da televisão que estava mudando o curso de hábitos de ir ao cinema na América. Quando os espetáculos apareceram na sala de visitas, de graça, dos espectadores agraciados pela televisão, veio a questão de: por que pagar para ver um filme? E as salas de projeção tiveram um baque e os produtores ficaram receosos de uma mudança.

Entretanto, embora o musical de Hollywood tivesse prestes a ser 'condenado' por inútil, seus próximos filmes foram, na verdade, os seus melhores, coroando os anos 50.



Levic

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