quinta-feira, 17 de junho de 2010

1936- The Great Ziegfeld (Ziegfeld, O Criador de Estrelas)




"The Great Ziegfeld"(1936)

(Ziegfeld, o Criador de Estrelas)

Direção:Robert Z. Leonard
Produção: Robert Z. Leonard, Hunt Stromberg
Roteiro: William Anthony McGuire
Fotografia: George J. Folsey, Karl Freund, Merritt B. Gerstad, Ray June, Oliver T. Marsh
Trilha Sonora: Walter Donaldson, Art Lange
Ano:1936
País:Estados Unidos
Gênero:Comédia, Musical, Romance
Duração:176 min.
Estúdio: MGM
Cor: Preto e Branco

Elenco:
William Powell..Florenz Ziegfeld Jr.
Myrna Loy...Billie Burke
Luise Rainer...Anna Held
Frank Morgan...Billings
Fanny Brice...Fannie Brice (as Fannie Brice)
Virginia Bruce...Audrey Dane
Reginald Owen...Sampston
Ray Bolger...Ray Bolger
Ernest Cossart...Sidney
Joseph Cawthorn ...Dr. Ziegfeld (as Joseph Cawthorne)
Nat Pendleton...Sandow
Harriet Hoctor...Harriet Hoctor
Jean Chatburn...Mary Lou

Este filme não é um musical e sim um documnetário sobre a vida de Florenz Ziegfeld, um grande produtor artístico da Broadway que, com sua sensibilidade para perceber ou descobrir novos talentos, ganhou a fama de criador de estrelas.



O filme tenta dar cabo de contar a história do itinerário do célebre produtor americano Florenz Ziegfeld que iniciou sua carreira no circo, e que graças a seu tino comercial, a sua agudeza com a publicidade e a capacidade técnica inovadora criou shows espetaculares dentro da Broadway. Seu nome ficou marcado na mística que envolve a história dos grandes musicais do início do século XX. Muitos dos que trabalharam com ele viraram mitos e alguns foram absorvidos pela indústria cinematográfica que nascia. Daí o título de 'criador de estrelas'.



Este filme embora não seja um musical, trata dos musicais, apresentando números de dança e música maravilhoso, e portanto justifica-se a sua inclusão neste apanhado de filmes da década de 30.


Sinopse:
No final do século 19, a vida de Flo Ziegfeld, sempre montando e perdendo fortunas inteiras através da criação dos mais glamurosos e sensacionais espetáculos, se vê de frente a uma estrela francesa que se torna sua primeira esposa. O relacionamento se torna difícil porque ele é conhecido por glorificar a “garota americana”.



William Powell está no papel de Ziegfeld, o grande empresário de espetáculos dos anos 20. Ele começou sua carreira no fim do séc. 19, sem grana e coordenando pequenas apresentações circenses, e em 1907 já era responsável por grandes espetáculos na Broadway, em especial uma série entitulada "Glorifying the American Girl". Mas todo o sucesso das apresentações que produzia não o salvou da crise financeira dos anos 30, e seus envolvimentos com várias artistas de seus shows puseram fim a seu casamento com a atriz Anna Held (Luise Rainer), que o acompanhara no início da carreira.



Ziegfeld não sabia que o melhor espetáculo que jamais produziria era sua própria vida. Criador de Estrelas narra uma história real - com imagens dos verdadeiros espetáculos do produtor indicado a sete prêmios - incluindo Melhor Diretor, o filme levou as estatuetas de Melhor Atriz (Luise Rainer), Melhor Direção de Dança e Melhor Filme. Venceu ainda os prêmios do Círculo de Críticos de Nova York de Melhor Atriz e foi selecionado para a competição do Festival de Veneza como Melhor Filme.



http://www.youtube.com/watch?v=vf7Nzv0HFO0&feature=player_embedded





http://www.youtube.com/watch?v=hLQeGYr5FXQ&feature=player_embedded



http://www.youtube.com/watch?v=YX25GTZXPGw&feature=player_embedded



http://www.youtube.com/watch?v=6MFwA5VkWow&feature=player_embedded


Para complementar com um melhor comentário do filme, tomei a  liberdade de transcrever o post bem escrito do site ASSIM ERA  HOLLYWOOD  http://assimerahollywood.wordpress.com/2013/02/19/filmes- ziegfeld-o-criador-de-estrelas-1936/, 

que só irá enriquecer o meu trabalho. Leia-o abaixo:

"Um dos maiores musicais de todos os tempos, o filme faz uma  abordagem bem-humorada e com certas liberdades ficionais da  vida do famoso produtor de musicais Florenz Ziegfeld Jr., desde o  seu início no show business em 1893 até pouco tempo antes de  sua morte, em 1932. Não resta dúvida que William Powell e Myrna  Loy eram o casal mais famoso de Hollywood em sua época, e  reuni-los aqui foi uma ideia que deu certo, uma vez que Powell já  estava escolhido para viver o personagem quando o projeto do  filme ainda pertencia à Universal, que o vendeu à Metro- Goldwyn-Mayer devido aos custos elevadíssimos de produção. Loy  vive a segunda esposa de Ziegfeld, Billie Burke, enquanto Luise  Rainer interpreta a sua primeira esposa, Anna Held. Números  musicais inesquecíveis, um elenco perfeito e cenários mirabolantes  passam diante do público em uma narrativa cativante de 176  minutos.

Um dos maiores musicais da história do cinema

Os espetáculos do lendário Florenz Ziegfeld Jr. (1869-1932) sempre  foram maiores do que a própria realidade e um filme sobre a sua  vida só podia refletir essa dimensão. Assim se compreende que  “Ziegfeld, o Criador de Estrelas” tenha sido concebido como um  grandioso musical de cerca de três horas de duração, misturando  drama ficcional e realidade biográfica. O filme aborda cerca de 40  anos da vida de Ziegfeld, mostrando o seu início humilde na Feira  de Chicago em 1893, o encontro com Sandow, o Homem Forte  (Nat Pendleton), sua rivalidade com Jack Billings (Frank Morgan), o  casamento com a atriz francesa Anna Held (Luise Rainer), a sua  ambição em se tornar o produtor dos maiores e mais  extravagantes musicais da sua época, além da sua obsessão em  consagrar o estereótipo da garota americana do início do século  XX. Apesar de todo o seu sucesso, Ziegfeld era constantemente  atormentado por problemas financeiros e envolvido em  complicadas relações amorosas, sendo mulheres as mais  importantes em sua vida Anna Held (1873-1918) e Billie Burke  (1885-1970, interpretada no filme por Myrna Loy), a segunda  esposa e que permaneceu ao seu lado durante os anos de  decadência após a queda da Bolsa de 1929.

Custando dois milhões de dólares, o filme foi a mais cara produção  da Metro-Goldwyn-Mayer até então (que adquiriu os direitos da  história junto à Universal, que havia desisitido do projeto devido  aos seus altos custos), mas para o bem da produtora acabou  rendendo o dobro em bilheterias, além de ter sido um sucesso de  crítica. “Ziegfeld, o Criador de Estrelas” ainda levou o Oscar nas  categorias de Filme, Atriz (Luise Rainer) e Direção de Dança para  Seymour Felix pelo grandioso número “A Pretty Girl is Like a  Melody”, de Irving Berlin, onde o ator Dennis Morgan dubla a voz  de Allan Jones, e que envolveu centenas de pessoas, em um  cenário gigantesco imitando um bolo de casamento com uma  escada em espiral que gira lentamente – cena que, sozinha,  consumiu cerca de 200 mil dólares e é o grande momento de todo  o filme. Outros números musicais formidáveis são “I Wish You’d  Come and Play With Me” e “It’s Delightful to Be Married”, ambos  cantados por Luise Rainer, “If You Knew Susie”, cantada por Buddy  Doyle imitando Eddie Cantor, “She’s a Follies Girl” cantada e  dançada por Ray Bolger, “You Never Looked So Beautiful Before”,  cantada por Virginia Bruce acompanhada pelo coro, e “Yiddle in  the Fiddle”, de Irving Berlin, “Queen of the Jungle” e “My Man”, de  Channing Pollack e Maurice Yvaine, todas cantadas por Fannie  Brice.

Para dar maior fidelidade ao filme, os produtores contrataram o  cenógrafo John Karkrider, o roteirista William Anthony McGuire e  o diretor de dança Seymour Felix, que eram antigos assistentes do  próprio Ziegfeld. Com música de Walter Donaldson e Irving Berlin,  um dos pontos fortes do filme além dos números musicais, são as  interpretações, sendo o grande destaque para o famoso casal  William Powell e Myrna Loy, que aqui têm a sua quarta  participação conjunta, de um total de 14 filmes estrelados por eles  ao longo das suas carreiras. Powell, que estava emprestado pela  MGM à Universal, tinha sido escolhido por este estúdio para  protagonizar o filme e quando a produção foi vendida à MGM,  manteve-se como protagonista. Para contracenar ao seu lado a  escolha parecia mais do que óbvia, já que Powell e Myrna Loy  eram um dos casais de maior sucesso em Hollywood e já tinham  protagonizado dois filmes no mesmo ano de 1936 com  considerável sucesso de público.

Para interpretar Anna Held, a primeira mulher de Ziegfeld, a MGM  escolheu a jovem austríaca Luise Rainer, que levou o Oscar de  Atriz. Outros destaques dentro desse magistral elenco escolhido a  dedo ficam para o grande Ray Bolger (que depois viveria o  Espantalho em “O Mágico de Oz”), que brilha em um número  musical exclusivo, Frank Morgan (que viveria o próprio Mágico de  Oz, anos depois), Virginia Bruce no papel de Audrey Dane uma  dançarina temperamental responsável pelo divórcio de Ziegfeld e  Anna Held, e Fannie Brice que interpreta a si mesma. Embora  adaptando livremente a história de vida de Florenz Ziegfeld (a sua  viúva, a atriz Billie Burke, funcionou como conselheira técnica, o  que lhe valeu um contrato de sete anos com a MGM) “Ziegfeld, o  Criador de Estrelas” capta o espírito do empresário, conseguindo  harmonizar uma interessante história ficcional com espetaculares  números musicais graças ao ótimo roteiro de William Anthony  McGuire. Apesar das inevitáveis licenças poéticas para obter um  melhor efeito sobre o drama, a história sempre escapa das  armadilhas de uma narrativa tão longa, principalmente para um  musical. Mas essencialmente, é um excelente exemplo da fábrica  de sonhos e mais concretamente da máquina de produção que era  a MGM naquela época.

“Ziegfeld, o Criador de Estrelas” permanece um triunfo técnico  para o qual a MGM recrutou os maiores profissionais ao seu  dispor na época, incluindo o diretor de som Douglas Shearer – um  dos pioneiros do som no cinema norte-americano -, a equipe de  figurinistas comandada por Adrian, o montador William S. Gray e o  lendário diretor de arte Cedric Gibbons. Para o ótimo resultado  muito também contribuiu a contratação de vários diretores de  fotografia, entre eles George J. Folsey, Karl Freund, Merritt B.  Gerstad, Ray June e Oliver Marsh, cada um responsável por um  segmento diferente do filme."






                                                                                   


Levic

Nenhum comentário:

Postar um comentário